quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Conjuntura mundial demonstra descontentamento dos trabalhadores e do povo pobre

Operários norte-americanos ocupam fábrica em Chicago

No dia 5 de dezembro de 2008 os operários da Republic Windows Factory (fábrica de janelas), de Chigaco, nos EUA, ocuparam as instalações da fábrica onde trabalham. Após receberem a notícia da patronal de que a fábrica encerraria suas atividades no mesmo dia 5, os trabalhadores resolveram se organizar para lutar contra as demissões e o não pagamento dos direitos trabalhistas. A crise capitalista mundial está obrigando centenas de milhares de fábricas e empresas a seguir o mesmo caminho e, logo no coração do capitalismo, os operários resgatam métodos de luta que há anos não eram utilizados – como as ocupações.

Estes operários norte-americanos demonstram quais os métodos de luta os trabalhadores devem utilizar para enfrentar a crise capitalista e evitar que os custos de mais esta catástrofe econômica seja passada à classe trabalhadora. É fundamental propagandear esta ocupação aos demais trabalhadores para mostrar com quais armas e métodos devemos lutar contra a patronal. A burguesia não entende a linguagem do diálogo. Ela só escuta nossas reivindicações quando ocupamos, paralisamos e fazemos greve.

Greve geral na Grécia

Há alguns dias a Grécia é protagonista de grandes mobilizações dos trabalhadores e do povo explorado. O país, atingido pela crise capitalista mundial, passava por uma crise política governamental. O ponto mais alto desta luta se deu quando um policial matou uma manifestante de 15 anos. Os protestos, até então restritos a juventude, se espalharam para os demais setores da sociedade – em especial os sindicatos e os setores organizados da classe trabalhadora.

O resultado disto foi uma greve geral que atingiu o país no dia 10 de dezembro de 2008, parando colégios, universidades, bancos, comércio, etc. Contudo, os métodos de luta ainda precisam avançar e, assim como no Brasil, ainda são reféns do espontaneísmo. Falta ainda organização e consciência, para que estas mobilizações tenham um programa e um fim precisos. É fundamental estudar estes processos de luta para corrigir seus eventuais erros e corrigi-los, afim de tirar as lições fundamentais para criarmos movimentos revolucionários coerentes que utilizem seu potencial de luta contra os governos burgueses e o próprio capitalismo.

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