domingo, 14 de setembro de 2008

CHAMANDO A LUTA OPOSIÇÃO A DIREÇÃO DO SINTTEL-RS

As empresas de Call Center são recordistas em lucros. Divulgam estes resultados como “nossos”, mas o verdadeiro resultado fica para os patrões e para nós um salário de fome. Há poucos dias a Atento mudou o plano de saúde dos trabalhadores, passa a cobrar por cada consulta do convênio exclusivo com a ULBRA Saúde. Ou seja, ficamos com tendinite e outras doenças provocadas pelo trabalho e temos que pagar por isso. Na Contax não é diferente, o último ataque do patrão foi oferecer 0% de reajuste salarial. É exatamente isso que faz com que dobrem seus lucros a cada ano.

O jogo do patrão e do seu Parceiro!
Vivemos sob a pressão das metas e do assédio moral e não podemos contar com nosso sindicato, pois os pelegos que dirigem o Sinttel nem sequer aparecem nas empresas quando os trabalhadores sofrem esses ataques. Alem disso, aceitam todas as propostas ridículas de reajustes. Resultando em derrotas para os tele-operadores. A direção do Sinttel está com a CUT que junto com Lula/PT atacou direitos dos trabalhadores: como aposentadoria e direito de greve. Por isso devemos combater essa direção, fortalecer a oposição para tirar nosso sindicato das mãos dos burocratas.

organizar e lutar! Essa é a saída!
Os patrões só atendem nossas reivindicações com métodos de luta. Devemos seguir o exemplo da paralisação na CONTAX. Organizar a luta de forma independente nos apoiando uns nos outros e nos trabalhadores de outras empresas e categorias. Muitos têm medo de se organizar, pois pode gerar demissão. Mas a apatia não garante estabilidade. A organização deve ser permanente para nos defender, e pôr abaixo o capitalismo, esse sistema de exploração, onde quem trabalha tem menos chance de viver melhor.

ReivindicamosOs preços dos alimentos sobem a cada dia e por isso devemos lutar e arrancar dos patrões reajustes de acordo com o aumento da inflação (calculada pelos trabalhadores) e diminuir o ritmo de trabalho empregando mais trabalhadores, ao invés de exigir metas que nos obrigam a trabalhar por 2 ou 3. Quando confrontados por exigência de aumento salarial os patrões alegam não ter condições de dar aumentos. Exigimos a imediata abertura das contas da empresa para que calculemos o reajuste que podemos ter.

Mais um ataque contra os trabalhadores...

A contax teve o maior lucro entre os call centers em 2007, R$ 1,4 bilhões. Para isso a maioria funcionários não teve reajuste de salário. O reajuste ridículo de 2,3% era para empregados há mais de 1 ano na empresa. Usando a rotatividade que ela mesma impõe a contax paga salários cada vez menores a nós que trabalhamos cada vez mais.

Este ano, antes de iniciar a discussão da participação nesses lucros e reajuste 2008, a empresa ameaça colocar transporte próprio para fazer o trajeto morro-centro/centro-morro deixando, assim de pagar o vale transporte. Assim os trabalhadores ficarão reféns dos horários dos ônibus da empresa, e quem consegue economizar parte desse dinheiro, incorporando-o ao seu mísero salário, vai perder essa possibilidade.

Nosso reajuste não suprirá essa perda e ficará ainda mais difícil nos mantermos, pois tudo sobe de preço, só nosso salário que não. O capitalismo é assim: quando há crise, os trabalhadores pagam; quando os lucros se multiplicam, somente os patrões embolsam.

O triste papel da direção do Sinttel
A direção do nosso sindicato faz jogo duplo: simula nos defender, mas, no fundo, compactua com o patrão. Faz negociações de portas fechadas, deixa os trabalhadores sem qualquer informação para que fiquem imobilizados e incapazes de travar qualquer luta. Além disso, tenta nos iludir com paralisações fantasmas.

Não só neste caso essa direção trai os trabalhadores, também apóiam as reformas do governo Lula tais como: reforma da Previdência, que aumentou e aumentará ainda mais o tempo para a aposentadoria e a reforma trabalhista, que vai acabar com 13° salário, férias e licença maternidade. Esse governo já provou que não governa para os trabalhadores; mas como todos os outros, governa para os patrões e os banqueiros. Junto com a CUT, o Sinttel mantém um sindicalismo governista, dócil, inteiramente nos marcos do capitalismo e do que querem as empresas. É esta a explicação para as paralisações fantasmas e nossas inúmeras derrotas e desmoralizações.

É preciso unir forças! É preciso lutar!
Frente a esta realidade, os trabalhadores só podem contar consigo mesmos. Não podem esperar a direção do sindicato e os governos à serviço do capital.
Os trabalhadores da Contax precisam impulsionar a construção da oposição sindical, para impulsionar as lutas que a direção não trava e retomar o sindicato das mãos da burocracia. Afinal, os sindicatos não foram feitos para isso. É preciso romper com a CUT e construir a Conlutas junto com os demais trabalhadores para fortalecer a luta contra as reformas neoliberais do governo Lula.

Não vamos aceitar 0%

Teleoperadores! Estamos diante da proposta mais desmoralizadora já feita pela CONTAX. Não podemos aceitar isso. Temos dignidade! Não ficaremos um ano inteiro sem reajuste de salário, enquanto os preços dos alimentos e mercadorias essenciais aumentam dia após dia. Nós ficamos com a tendinite, com as dores constantes, com o cansaço. O patrão com o lucro que aumenta cada vez mais às nossas custas.

Mas os trabalhadores estão dispostos a lutar, seguindo o exemplo da paralisação contra a retirada do pagamento em dinheiro do vale-transporte. Por isso, é a hora de dizer NÃO a proposta de 0% e mostrar a força que temos. Arrancar do patrão aumentos salariais de acordo com o aumento da inflação (calculada por nós, trabalhadores). Lutar para diminuir nosso ritmo de trabalho, imposto pela empresa, e empregar mais trabalhadores para suprir a demanda, ao invés de exigir metas que nos obrigam a trabalhar por 2 ou 3.

Lucro recorde para o patrão e ZERO para nós
Quando confrontados por exigência de aumento salarial os patrões sempre alegam que não tem condições de conceder aumentos e melhorias. Mentira! Sabemos que os lucros da empresa aumentam ano após ano, enquanto o nosso salário está congelado.

Exigimos a imediata abertura das contas da empresa perante seus trabalhadores para que comprovemos e calculemos o reajuste que podemos ter. Os patrões não entendem a linguagem do “diálogo”, somente atendem nossas reivindicações com métodos de luta, de paralisação e de greve.

O jogo do patrão e do seu Parceiro!
A CONTAX sabe que pode contar com os pelegos da direção do Sinttel para desarmar os trabalhadores. O sindicato chama paralisação e vai para frente da empresa nos chamar para tal. Mas sabe que precisamos ter confiança em nós mesmos, em nossos colegas, estar organizados e unidos para ter sucesso. Então porque não chamam os trabalhadores para discutir e planejar a paralisação? Este é o método para defender disfarçadamente a proposta do patrão. E fazer com que seja aprovada sem que os trabalhadores reajam. Assim os pelegos mantêm seus privilégios sem comprometer-se com a luta e a organização.

Lutar contra os traidores e o Governo Lula
O sindicato é a ferramenta de organização dos trabalhadores e todo seu aparato, dinheiro, carro etc. tem que estar a serviço da luta. Mas nós já não podemos contar com o nosso sindicato, pois a direção deste se encontra nas mãos da burocracia da CUT, que “negocia” de portas fechadas com o patrão e a aceita todas as suas propostas.

Os mesmos pelegos defendem o governo Lula/PT, que é o melhor agente dos patrões, pois atacou direitos dos trabalhadores como aposentadoria e direito de greve e se prepara para aprovar as reformas que retiram férias, décimo terceiro, etc.

Por isso, devemos organizar a luta de forma independente nos apoiando uns nos outros e nos trabalhadores de outras empresas e categorias que também são atacados por seus patrões e pelo governo, como por exemplo, os trabalhadores dos correios.

Devemos nos organizar e lutar
Hoje a burguesia e os governos do mundo todo se preparam para retirar direitos dos trabalhadores. Todos os países querem tornar-se “competitivos” com a China, para tal precisam baratear ainda mais a mão-de-obra. Por isso a organização e mobilização devem ser permanentes para nos defender, e pôr abaixo o capitalismo, esse sistema de exploração, onde quem trabalha tem menos chance de viver melhor.

Então colegas, devemos nos organizar e lutar para mudar essa situação. Muitos têm “medo” de se organizar, pois pode gerar demissão. Mas não lutando temos estabilidade? É claro que não, o patrão não tem piedade da classe trabalhadora, quer apenas explorá-la. Quando necessário demite e recontrata com salários ainda mais baixos.

Todos querem a paralisação, mas separados os trabalhadores não sentem a força que tem. Chamamos todos a formar um plano de ação para dizer NÃO ao reajuste de 0% e impor nossas reivindicações.

- ABAIXO O REAJUSTE ZERO! POR REAJUSTES CONFORME O AUMENTO DA INFLAÇÃO!

- PELA ABERTURA DAS CONTAS DA EMPRESA!

- PELA ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHADORES NA OPOSIÇÃO!

- CONTRA OS PELEGOS QUE DIRIGEM O SINDICATO!

- CONTRA AS DEMISSÕES! DIMINUIR O TRABALHO, PARA QUE TODOS TRABALHEM!

- A CRISE É CULPA DO CAPITALISMO, DOS PATRÕES E DO GOVERNO LULA!

CHEGA DE EXPLORAÇÃO!

REAJUSTE DIGNO PARA OS TRABALHADORES DA CONTAX!

A cada ano que passa vemos a Contax festejar o aumento constante de seus lucros e, ao mesmo tempo, os seus trabalhadores cada vez trabalharem mais sem um aumento de salário digno. As péssimas condições de trabalho, somadas ao ritmo acelerado provocam muitos danos à saúde dos trabalhadores e, em alguns casos, até depressão.

CHEGA... Não agüentamos mais!!!
Não é só aqui na Contax que as coisas não vão bem. Pelo contrário, todo o cansaço que sentimos, as más condições de trabalho e arrochos salariais que sofremos são sentidas também por outros trabalhadores do país. Eles sofrem tanto quanto nós e a Contax não está fora do contexto nacional. Por isso devemos nos organizar para lutar com eles, porque juntos somos muito mais fortes e conscientes! Seja para as lutas contra os governos que nos atacam, seja para as lutas por melhores condições de trabalho para nós contra o patrão.

Se liga!: não é só na Contax! Eles querem meter a mão nos seus direitos:
Os trabalhadores do Brasil já viram esse filme! O governo Lula se reelegeu com um discurso de mudança, mas nesse segundo mandato o que vai mudar são os direitos dos trabalhadores com as reformas encomendadas por Bush e o Banco Mundial. Nem precisamos dizer que vai mudar pra pior!!!

A Reforma da Previdência que aumenta a idade mínima para 65 anos, reduz o valor da aposentadoria ao desvincular seu reajuste do salário mínimo, a reforma do governo ataca especialmente as mulheres. Lula quer acabar com a diferença que existe entre homens e mulheres para aposentadoria desconsiderando a dupla jornada da mulher que além de estar presente no mercado de trabalho ainda mantêm suas atividades domésticas. A Reforma Trabalhista retira uma série de conquistas históricas dos trabalhadores, tais como, 13º salário, férias, licença maternidade etc. O que já vem ocorrendo aos pouquinhos através de uma série de medidas impostas como o banco de horas, por exemplo.

Para aplicar essas reformas o governo conta com o apoio das direções sindicais traidoras dos trabalhadores, como a CUT, que diante disso tudo defende o governo Lula e suas reformas utilizando-se de sua influência no meio sindical para frear a luta dos trabalhadores.

Infelizmente não é só a CUT governista que está na trincheira oposta a dos trabalhadores. O nosso sindicato há muito tempo faz um sindicalismo calminho, quase parando. Isso deve ser porque a direção do sindicato vai na contramão da reorganização sindical no país e está na CUT governista do Lula, enquanto uma série de outros sindicatos estão rompendo com ela. Nós defendemos a Conlutas, uma nova organização que aglomera movimento sindical, estudantil, camponês e popular. É independente do governo e por isso luta junto com a gente, sendo o instrumento mais eficaz neste momento para lutarmos contra o governo e os seus ataques.

Governo e empresários: juntos contra os trabalhadores!
Assim como o governo e os empresários de todo o país, a Contax não abre mão de explorar cada vez mais os trabalhadores. Depois de nos dar um golpe transferindo a data base do reajuste de maio/2006 para janeiro de 2007, ela nos enrolou no início do ano, desconsiderando esse acordo e dizendo que a data base segue sendo em maio. Dessa forma os trabalhadores ficaram com o reajuste referente ao ano de 2006. E para 2007 a Contax propõe aos trabalhadores um ridículo reajuste de 1,5 %! E o pior: esse reajuste é proporcional ao tempo de trabalho contado a partir de maio de 2006, mesmo sabendo que a rotatividade na empresa é constante e que a maioria de nós trabalha há menos de um ano.

Sobre as cláusulas sociais, não há nenhuma diferença com os acordos anteriores. A contax quer manter no acordo coletivo a cláusula onde afirma que o trabalhador que ficar doente deve, independentemente do tempo de afastamento, entregar os atestados num prazo máximo de 3 dias. A empresa também se nega a fornecer para os trabalhadores com jornada de 6 horas vale-refeição ou cartão-lanche aceito em supermercados e também nas máquinas de lanche. A empresa pretende manter os lanches da tok take como única alternativa para alimentação dos funcionários, mesmo sabendo que os lanches são de péssima qualidade e que muitos trabalhadores já passaram mal por causa de lanches estragados e fora do prazo de validade.

Basta! Não agüentamos mais essa situação, é necessário a união dos trabalhadores para rechaçar essa proposta ridícula e lutar para que tenhamos os 10% de reajuste salarial. Vamos todos juntos discutir a melhor forma de lutar para obter melhores resultados nas negociações.

Contra as demissões

A contax pretende demitir dezenas de trabalhadores encerrando o setor comercial da NET em Porto Alegre. Enquanto a nossa jornada de trabalho é cada vez maior, com metas progressivamente insuperáveis, a empresa lançará novos trabalhadores na incerteza do desemprego. É preciso organizar a luta para impedir estas demissões e absorver estes trabalhadores para os outros setores da empresa que estão sobrecarregados de trabalho. Sabemos que a direção do Sinttel não aparecerá, pois não fez nada quando centenas de trabalhadores foram demitidos na Atento. Só contamos com a força de nossa luta e com a organização da oposição CHAMANDO A LUTA!

Sinttel e CUT: parceiros do patrão e do governo contra os trabalhadores
A postura do Sinttel não é casual. Reflete o tipo de sindicalismo que defende esta direção, que, por sua vez, é ligada a CUT – defensora do sindicalismo e conciliador. A CUT e o Sinttel defendem e aplicam as reformas neoliberais do governo Lula: Reforma Trabalhista (que acaba com direitos históricos: férias, licença maternidade, 13º salário), Reforma Sindical (que mantém as decisões da categoria na cúpula sindical) e Reforma da Previdência (que aumenta a idade mínima para aposentadoria). Todas estas reformas são exigências do capitalismo para continuar explorando e superar suas crises permanentes. É preciso romper com a CUT e construir a oposição Chamando a Luta e também a Conlutas, para fortalecer a luta contra o governismo e as reformas.

É preciso fortalecer a oposição ao Sinttel
As empresas de call center Contax e Atento obtiveram lucros bilionários em 2007. Para atingir esta cifra pagam salários cada vez mais baixos e nos tencionam para trabalharmos cada vez mais; eis o segredo do “sucesso” de ambas as empresas. Todos os supervisores e quadros divulgam estes resultados como sendo “nossos”, quando na verdade o resultado verdadeiro só fica nas mãos dos patrões – James Meaney (contax) e Agnaldo Calbucci (Atento) – e nas nossas um salário de fome.

Os tele-operadores começam a tomar consciência desta situação e começam a se movimentar, porém, esbarram na direção do sindicato que serve de correia de transmissão dos interesses da patronal e freiam a construção da luta direta. Aceita docilmente as propostas das empresas e cultiva um sindicalismo de conciliação de classes, o que sempre resulta em derrota e desmoralização para os trabalhadores.

NA ATENTO:
A Atento ofereceu aos trabalhadores um ridículo reajuste de 3,5%, que não cobre nem a inflação. A elevação dos salários para o valor do mínimo (R$ 415), na realidade não passa de uma migalha do bolo que não para de crescer. A convocação para a assembléia foi feita apenas em um dia anterior a sua realização, o que impossibilitou uma ampla participação da base. Já a empresa garantiu que algumas pessoas fossem na assembléia para votar em sua proposta. Não houve nenhuma discussão “democrática” anterior, nem consulta, muito menos a conformação de uma contra proposta de aumento real de salários feita pelos trabalhadores.

A assembléia dos trabalhadores da Atento do dia 25 de abril
Quem conseguiu participar dos dois turnos da assembléia (manhã e tarde) pode perceber o jogo duplo cumprido pela direção do Sinttel. Na manhã eles defenderam veladamente a proposta (dizendo que esta não era nenhuma “Brastemp”, mas que era a “melhorzinha” já feita pela Atento) deixando os trabalhadores sem alternativa. O resultado disso foi que dos 89 participantes, 60 votaram na proposta da empresa e 19 contra.

No turno da tarde – como já estava garantida a proposta patronal – o sindicato, frente a presença da oposição, fingiu ser contrário a proposta da empresa sem nenhum compromisso com aquilo que havia defendido na manhã. A oposição participou do evento denunciando o jogo duplo do sindicato e rechaçou a proposta da empresa. A votação, à tarde, foi de 60 votos a favor e 43 contra.

Por fim, acabou vencendo a proposta do patrão. A conclusão que devemos tirar desta experiência é que devemos organizar os trabalhadores para lutar contra a exploração dos patrões, pois a direção do sindicato já demonstrou que não está do nosso lado. Para isso só podemos contar com nós mesmos e com nossas forças. Devemos impulsionar a construção da oposição sindical para travar as lutas que a direção do Sinttel não trava e retomar o sindicato das mãos da burocracia.

NA CONTAX:
O mês de abril ficou marcado para os trabalhadores da contax por alguns eventos importantes: no dia 8, os trabalhadores rechaçaram a proposta da empresa de alterar a forma de pagamento do Vale Transporte e puderam ver, com os próprios olhos, a submissão do sindicato perante a patronal.

Na assembléia do dia 8, a direção do Sinttel demonstrou todo o seu burocratismo e peleguismo, controlando o debate com mãos de ferro, fazendo o possível para negociar com o patrão de portas fechadas, rechaçando a proposta da oposição de organizar uma comissão de base, eleita pelos trabalhadores, para a negociação do acordo coletivo e reajuste salarial. Estenderam a assembléia com discussões secundárias e se recusaram a discutir sobre a organização da paralisação do dia 10, porque na realidade a intenção do sindicato não era construí-la. Mesmo assim, os trabalhadores cansados de sofrerem ataques calados, mostraram sua indignação e obrigaram, pela força da luta, a empresa a recuar, adiando por tempo indeterminado esta discussão. A nossa luta aqui teve reflexos no resto do país, mostrando a força que temos quando estamos unidos.

Nossa luta agora é por aumento de salários
A direção do Sinttel avisou em seu último boletim que não vai iniciar a negociação do reajuste salarial antes de concluir a do PPR. Isso faz com que novamente a data base do reajuste salarial seja adiada. Porém, a necessidade mais básica dos trabalhadores é de aumento salarial, pois a crise mundial do capitalismo está elevando os preços dos alimentos básicos em todo o mundo e a inflação acabando com o nosso poder de compra.

Diante dessa conjuntura não podemos admitir que a direção do Sinttel, adie a data-base num acordo de portas fechadas com a empresa, priorizando a questão do PPR. O que na verdade, é uma barganha da empresa para depois de concedido o PPR negar um aumento real de salários. Todos fomos explorados. Nós exigimos ter reajuste por este ano, pois 2006 também foi ano de lucro da Contax.

Nesta segunda-feira dia 14 a FITTEL e a Contax se reunirão novamente p/ discutir o Acordo Coletivo de Trabalho, e nós não podemos permitir mais uma negociação a portas fechadas, sem nenhuma discussão entre os trabalhadores.

Basta! Não agüentamos mais essa situação: é necessária a união dos trabalhadores para rechaçar essa proposta ridícula que nos fazem agora e lutar para que tenhamos os 10% de reajuste salarial, repondo pelo menos a inflação dos 2 últimos anos e ganhando mais um mínimo que seja de reajuste, diante dos lucros que garantimos à empresa.

Além disso, exigimos que tenhamos condições de saúde física e psicológica para trabalhar. Queremos assistência e plano médicos gratuitos para toda a categoria, além da implementação de 10min de intervalo a cada hora de trabalho. Também exigimos o fim do assédio moral, que perturba e enlouquece qualquer um.

Vamos todos juntos discutir a melhor forma de lutar para obter melhores resultados nas negociações.

- Reajuste de 10% já!
- Fortalecer a CONLUTAS para lutar contra o governo Lula e suas reformas!

Oposição telefônica

Colegas trabalhadores:
Vivemos hoje um momento de reflexões no país. Enquanto nossas condições de trabalho estão cada vez piores: salários baixíssimos, PLR’s rebaixadíssimos, demissões injustas, banco de horas sobrecarregados, etc, as empresas tem lucros fabulosos. Como se tudo isso não bastasse, o governo dito “de esquerda” de Lula e do PT que se elegeu com discurso de mudança se tornou um pesadelo para os trabalhadores de todo o país. Em menos de um ano de governo Lula privatizou a previdência, deu lucros jamais visto aos banqueiros, é tão corrupto quanto os governos de direita. Não satisfeito em massacrar o povo do Haiti a serviço de seu chefe imperialista Bush, Lula e o PT querem aplicar um pacote de reformas neoliberais a mando do FMI – como a sindical que vai burocratizar ainda mais os sindicatos dando total poder para as cúpulas sindicais negociarem com as patronais passando por cima das assembléias de base e a trabalhista que vai retirar direitos históricos de nossa classe, tal como férias, décimo terceiro e licença maternidade.

Este governo nos deixou uma lição clara: as eleições não mudam nada, são um jogo de cartas marcadas que só ganha quem tem dinheiro e se alia a burguesia. Só a luta e a organização dos trabalhadores pode mudar a vida de verdade.

A CUT (Central Única dos Trabalhadores), que lutou conosco durante anos, hoje mudou de trincheira. Apóia o governo com todas as suas forças, defende os empresários e o salário mínimo ridículo aprovado pelo congresso do mensalão. Desta forma atingiu um grau de burocratização e afastamento de nossa classe que já é impossível ganhá-la novamente para o lado dos trabalhadores. É duro dizer: mas a CUT está morta para a luta dos trabalhadores.

Completamente na contra-mão de todo este processo está o “nosso” sindicato – Sintel. No ano passado realizou um congresso aonde fez passar goela abaixo dos trabalhadores a filiação do Sintel a CUT sem a menor discussão com a base da categoria. A mesma CUT morta e cúmplice dos empresários e do governo Lula. Além de não estar presente em nenhuma luta importante, a direção do Sintel quer tornar os telefônicos dóceis e submissos aos empresários e ao governo que a cada dia que passa nos ataca mais e mais. Acordos rebaixadíssimos com a patronal são freqüentes práticas desta direção, que está mais preocupada em se alinhar com os empresários do que com os trabalhadores.

É hora de romper com a CUT e construir a Conlutas e o CONAT:
Construir uma alternativa para os trabalhadores é uma necessidade decorrente dessa situação. É neste contexto que surge a Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas), buscando unir trabalhadores e jovens para a luta em defesa de nossos direitos. A Conlutas foi a organizadora de diversas lutas salariais e greves. Também realizou os maiores atos contra os ataques do governo Lula, contra o mensalão e o congresso corruptos. E é para avançar nesse sentido que a Conlutas decidiu convocar um Congresso Nacional de Trabalhadores – CONAT – para 5, 6 e 7 de maio de 2006 em Sumaré/ SP. Ao convocar esse congresso conclamamos a todos os trabalhadores a abraçar conosco este desafio: o de unirmos a classe trabalhadora em uma nova organização capaz de ser uma ferramenta pela luta imediata e histórica, o fim de toda forma de exploração e opressão.

Sindicato é pra lutar – é hora de fortalecer a oposição telefônica:
Como já é de costume, nosso sindicato prefere ficar com os empresários do que nas lutas dos trabalhadores. Ao estar na CUT o Sintel abandona toda a reorganização histórica do país e trava o avanço de nossa luta e de nossa organização. É hora de fortalecer uma oposição forte em todas as empresas, barrar os ataques dos patrões, do governo e as traições da direção do Sintel. Venha conosco fortalecer esta oposição, construir a Conlutas e o CONAT.

Contra os inimigos na trincheira...

A categoria dos telefônicos é uma das mais exploradas atualmente: metas inatingíveis, assédio moral, pressão dos supervisores e baixa remuneração (muitas vezes menor que o salário mínimo). O discurso das multinacionais de Call Center serve para mascarar o atual estágio do capitalismo imperialista em decomposição. Os patrões estão preocupados com a crise econômica mundial de seu sistema e, para contornar este problema, aumentam a exploração sobre os trabalhadores.

Na mesma trincheira que nós estão os sindicatos pelegos, que ao invés de preparar a luta baseado na democracia operária de base, são correia de transmissão da patronal e defendem um sindicalismo rebaixado, absolutamente dócil e nada combativo. Isso não é casual, é fruto da ligação umbilical com o governo e com o Estado e por isso é fundamental discutirmos uma alternativa.

O mundo inteiro está em luta!
No ano passado pudemos ver a luta dos trabalhadores no mundo todo (França, Alemanha, Grécia, etc.); essas lutas eram em defesa dos direitos históricos dos trabalhadores e tinham o interesse principal de barrar as reformas previdenciárias, que aumentariam o tempo de aposentadoria dos trabalhadores nesses países. A luta dos trabalhadores conseguiu barrar, ao menos momentaneamente, as tentativas de reformas, mostrando o caminho que devemos seguir para defender nossos direitos e avançar nossas conquistas.

Neste ano devido a crise da falta de alimentos vimos novamente os trabalhadores reagirem no Haiti, Egito, etc...

Governo Lula: a serviço dos capitalistas nacionais a internacionais
No início do primeiro mandato Lula aprovou a reforma da Previdência que aumentou o tempo mínimo para aposentadoria dos brasileiros sem encontrar muita resistência, pois todos os sindicatos ligados a CUT apoiaram a reforma. Esse foi o papel que cumpriram os ex-lutadores cutistas: de enganar os trabalhadores, tratando essa reforma como algo positivo, para que esses não se levantassem contra o governo Lula, já que a CUT é a central sindical do PT. E os “chefes sindicalistas” da CUT ganharam ministérios e altos cargos do Estado para defendê-lo com unhas e dentes, tal como fazem até hoje.

Seis anos de experiência com o governo Lula e já está claro que nem este governo e nenhum outro será capaz de mudar a situação dos trabalhadores, que somente pode ser mudada por eles próprios. Todos que dizem que um ou outro governo (talvez mais ético) poderá mudar o estado de coisas atual estão mentindo, afinal, a história já demonstrou diversas vezes que o método para mudar as coisas não é votar de dois em dois anos em líderes que “mudarão as coisas para nós” através do Parlamento. O método é o da luta e da organização dos trabalhadores, para que possam ter consciência de suas tarefas e trabalhar duro para defender os interesses de nossa classe, já que a burguesia defende muito bem seus interesses e usa esses mesmo líderes sindicais em seu benefício.

Governo Lula, CUT e Força Sindical: junto com os patrões contra os trabalhadores
O governo finge ser dos trabalhadores, mas na verdade está defendendo os interesses dos patrões e isso fica cada vez mais claro na medida em que Lula promete aprofundar a reforma da Previdência e também a reforma sindical e trabalhista. A reforma sindical passa o poder de decisão para as cúpulas das centrais sindicais, não precisando mais das assembléias de base para se tomar decisões, como por exemplo, os acordos coletivos de trabalho; dessa forma as centrais pelegas estarão autorizadas pelo Estado para negociar livremente com a patronal. E a reforma trabalhista “flexibiliza” a CLT ameaçando o décimo terceiro, as férias e também a licença-maternidade; entre outras coisas. Direitos que temos hoje garantidos ficarão nas mãos dessas cúpulas sindicais pelegas.

As tarefas atuais da vanguarda
Diante desta realidade brutal precisamos romper com esses inimigos na trincheira – sobretudo a CUT – que há muito tempo foram cooptados pelo governo e pelos patrões. Esses traidores devem ser varridos das fileiras da classe trabalhadora e quem poderá fazer isso são os elementos mais conscientes da classe, aqueles ao qual denominamos vanguarda da classe trabalhadora. Essa vanguarda teve condições de enxergar com muito mais clareza a realidade do que os demais trabalhadores, e por isso tem uma tarefa imposta pela realidade que é de se unir e se organizar para desmascarar esse sistema viciado, ao invés de acalmar os trabalhadores com conquistas ridículas que não mudam sua condição de vida, devemos instigá-los a lutar por bandeiras que realmente façam a diferença.

Porque o patrão quer nos calar?

No mês de maio a contax demitiu uma militante da oposição, numa tentativa de destruir o movimento sindical da empresa. Isso ocorreu após derrotarmos o projeto do patrão de retirar o vale transporte. A empresa resolveu reagir para manter os trabalhadores calados, acuados e submetê-los a mais um ano com um reajuste miserável que não acompanhará a súbita elevação dos preços dos alimentos e dos produtos básicos para sobrevivência. O PPR de 35% é, de novo, a tentativa de satisfazer momentaneamente os trabalhadores e depois negar um reajuste salarial que nos dê condições de sustentar nossas casas, filhos, etc...

Para contax é melhor manter as negociações às escondidas com a direção pelega de nosso sindicato, sem que nenhuma voz denuncie seus métodos de enrolar o trabalhador. Mas não nos calaremos enquanto não pusermos fim à exploração absurda a que estão submetidos os telefônicos. Onde os trabalhadores sofrem com o assédio moral dos supervisores, nossos colegas forem demitidos e nos sobrecarregarem com o trabalho deles com mais tarefas e pelo mesmo salário.

Só a luta muda a vida!

A oposição acredita que é possível sair dessa situação. O caminho para combater essa exploração é organizando toda a nossa categoria para lutar por nossas necessidades: como melhores salários e condições de trabalho. Mas devemos compreender que a luta por salário tem seus limites, pois no momento oportuno, quando os trabalhadores se desmobilizarem, os patrões tomam de volta nossas conquistas.

Os patrões contam com seu apoio mútuo e com os governantes, e ambos estão unidos quando se trata de atacar os trabalhadores. Aqui em Porto Alegre a aliança entre patrões e governo nos impôs o TRI. O governo Lula quer arrancar nossos direitos históricos: aposentadoria, décimo terceiro, licença-maternidade, férias, entre outros. Isso não é casual, para o Brasil competir com países como a China, por exemplo, precisa baratear cada vez mais a mão-de-obra. Por isso temos a necessidade de unificar com outros trabalhadores para defender nossos direitos e avançar nossas conquistas. A Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas) reunirá trabalhadores de todo o país para discutir as tarefas e os métodos de luta que devemos adotar para reagir a esses ataques patronais e do governo. Nossa categoria estará representada nesse congresso.

Abaixo o acúmulo de função. Boicote as metas!

A contax colocou os BKO´S para atender ligações da CRN, além dos serviços que já executam. Sem mais nem menos viram o skill para o atendimento demonstrando o descaso que tem com seus funcionários e até mesmo com o cliente. Mesmo acumulando funções cobram as metas absurdas e ameaçam punir com o atendimento quem não cumpri-las. Devemos reagir num boicote às metas. Pois elas não correspondem ao nosso ritmo e só favorecem o patrão e seus lucros, enquanto ao trabalhador restam as doenças provocadas pelo acelerado ritmo de trabalho.
Para CIPA:Vote em operador, não no seu opressor!

Em fevereiro a empresa colocou quase todos os seus supervisores a ocuparem cargos da CIPA numa eleição anti-democrática onde os candidatos dos operadores não tiveram o mesmo espaço para fazer campanha, além do processo eleitoral obscuro. Conseguimos pôr abaixo essa composição da CIPA que representava os interesses do patrão. Temos a chance de escolher novamente nossos representantes. Os trabalhadores devem votar nos colegas que se destacam por serem os mais conscientes das necessidades da categoria e não os interessados em estabilidade e benefícios pessoais.

Nas eleições sindicais de 2008 VOTE NULO!

A eleição para a diretoria do Sinttel ocorrerá dia 9 de junho. Fundamentada num estatuto excludente, que garante apenas a participação dos burocratas com aparato, dos carreiristas e dos pelegos liberados sindicais que dispõem de tempo. Essa eleição é inacessível para os telefônicos que estão no local de trabalho, atolados de metas, assédio moral e pressão dos patrões. Para nós não resta chance de organizar uma chapa que cumpra todos os pré-requisitos impostos pela burocracia sindical. É por isso que chamamos os trabalhadores a demonstrar o seu repúdio a uma direção parceira do patrão. É preciso organizar a Oposição Chamando a Luta em cada local de trabalho, em cada empresa, para que possamos juntos retomar o sindicato das mãos da burocracia e, aí sim, organizar um pleito embasado na democracia dos trabalhadores.

É preciso lutar...

A organização dos trabalhadores é a única forma de mudarmos a realidade. Não será através das metas ou da dedicação à empresa que mudaremos nossa vida pessoal, este é um discurso que serve para dividir os trabalhadores. Estamos construindo a oposição à direção do Sinttel, por acreditarmos que as conquistas só vêm com organização e luta. Os patrões nunca nos dão nada de mãos beijadas. As férias, o salário mínimo, o 13º foram conquistados através de manifestações da classe trabalhadora, unida, indiferente de qual função. Somente nós, trabalhadores, poderemos transformar nossa sociedade para melhor. Venha para Oposição Chamando a Luta, entre em contato conosco.