No mês de maio a contax demitiu uma militante da oposição, numa tentativa de destruir o movimento sindical da empresa. Isso ocorreu após derrotarmos o projeto do patrão de retirar o vale transporte. A empresa resolveu reagir para manter os trabalhadores calados, acuados e submetê-los a mais um ano com um reajuste miserável que não acompanhará a súbita elevação dos preços dos alimentos e dos produtos básicos para sobrevivência. O PPR de 35% é, de novo, a tentativa de satisfazer momentaneamente os trabalhadores e depois negar um reajuste salarial que nos dê condições de sustentar nossas casas, filhos, etc...
Para contax é melhor manter as negociações às escondidas com a direção pelega de nosso sindicato, sem que nenhuma voz denuncie seus métodos de enrolar o trabalhador. Mas não nos calaremos enquanto não pusermos fim à exploração absurda a que estão submetidos os telefônicos. Onde os trabalhadores sofrem com o assédio moral dos supervisores, nossos colegas forem demitidos e nos sobrecarregarem com o trabalho deles com mais tarefas e pelo mesmo salário.
Só a luta muda a vida!
A oposição acredita que é possível sair dessa situação. O caminho para combater essa exploração é organizando toda a nossa categoria para lutar por nossas necessidades: como melhores salários e condições de trabalho. Mas devemos compreender que a luta por salário tem seus limites, pois no momento oportuno, quando os trabalhadores se desmobilizarem, os patrões tomam de volta nossas conquistas.
Os patrões contam com seu apoio mútuo e com os governantes, e ambos estão unidos quando se trata de atacar os trabalhadores. Aqui em Porto Alegre a aliança entre patrões e governo nos impôs o TRI. O governo Lula quer arrancar nossos direitos históricos: aposentadoria, décimo terceiro, licença-maternidade, férias, entre outros. Isso não é casual, para o Brasil competir com países como a China, por exemplo, precisa baratear cada vez mais a mão-de-obra. Por isso temos a necessidade de unificar com outros trabalhadores para defender nossos direitos e avançar nossas conquistas. A Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas) reunirá trabalhadores de todo o país para discutir as tarefas e os métodos de luta que devemos adotar para reagir a esses ataques patronais e do governo. Nossa categoria estará representada nesse congresso.
Abaixo o acúmulo de função. Boicote as metas!
A contax colocou os BKO´S para atender ligações da CRN, além dos serviços que já executam. Sem mais nem menos viram o skill para o atendimento demonstrando o descaso que tem com seus funcionários e até mesmo com o cliente. Mesmo acumulando funções cobram as metas absurdas e ameaçam punir com o atendimento quem não cumpri-las. Devemos reagir num boicote às metas. Pois elas não correspondem ao nosso ritmo e só favorecem o patrão e seus lucros, enquanto ao trabalhador restam as doenças provocadas pelo acelerado ritmo de trabalho.
Para CIPA:Vote em operador, não no seu opressor!
Em fevereiro a empresa colocou quase todos os seus supervisores a ocuparem cargos da CIPA numa eleição anti-democrática onde os candidatos dos operadores não tiveram o mesmo espaço para fazer campanha, além do processo eleitoral obscuro. Conseguimos pôr abaixo essa composição da CIPA que representava os interesses do patrão. Temos a chance de escolher novamente nossos representantes. Os trabalhadores devem votar nos colegas que se destacam por serem os mais conscientes das necessidades da categoria e não os interessados em estabilidade e benefícios pessoais.
Nas eleições sindicais de 2008 VOTE NULO!
A eleição para a diretoria do Sinttel ocorrerá dia 9 de junho. Fundamentada num estatuto excludente, que garante apenas a participação dos burocratas com aparato, dos carreiristas e dos pelegos liberados sindicais que dispõem de tempo. Essa eleição é inacessível para os telefônicos que estão no local de trabalho, atolados de metas, assédio moral e pressão dos patrões. Para nós não resta chance de organizar uma chapa que cumpra todos os pré-requisitos impostos pela burocracia sindical. É por isso que chamamos os trabalhadores a demonstrar o seu repúdio a uma direção parceira do patrão. É preciso organizar a Oposição Chamando a Luta em cada local de trabalho, em cada empresa, para que possamos juntos retomar o sindicato das mãos da burocracia e, aí sim, organizar um pleito embasado na democracia dos trabalhadores.
É preciso lutar...
A organização dos trabalhadores é a única forma de mudarmos a realidade. Não será através das metas ou da dedicação à empresa que mudaremos nossa vida pessoal, este é um discurso que serve para dividir os trabalhadores. Estamos construindo a oposição à direção do Sinttel, por acreditarmos que as conquistas só vêm com organização e luta. Os patrões nunca nos dão nada de mãos beijadas. As férias, o salário mínimo, o 13º foram conquistados através de manifestações da classe trabalhadora, unida, indiferente de qual função. Somente nós, trabalhadores, poderemos transformar nossa sociedade para melhor. Venha para Oposição Chamando a Luta, entre em contato conosco.